(Mackenzie 2016) Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média, Leo Huberman afirmou:
03. (Mackenzie 2016) Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média, Leo Huberman afirmou:
“O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se de ‘servos’ a maioria dos arrendatários, da palavra latina servus, que significa ‘escravo’. Mas eles não eram escravos, no sentido que atribuímos à palavra, quando a empregamos”.
Leo Huberman. História da riqueza do homem. 21ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986, p.06
Considerando os trabalhadores durante o período considerado, a distinção principal, notada pelo autor, decorre
- da obtenção de proteção, oferecida pelo senhor aos seus servos que, em troca, prestavam o juramento de fidelidade ao dono da terra, dentro das relações de suserania e vassalagem.
- das especificidades do trabalho naquele período, em que os servos deviam obrigações ao senhor da propriedade, não podendo ser vendidos ou trocados, já que estavam vinculados à terra.
- das formas diferentes de se lidar com a mão de obra, já que, na Idade Média, o servo podia ser vendido ou trocado a qualquer momento, condição inexistente com os escravos.
- da concepção diferenciada sobre o tratamento dado aos trabalhadores, mais amena em relação aos servos, e de extrema crueldade em relação aos escravos e suas respectivas famílias.
- dos diferentes vínculos estabelecidos entre o trabalhador e o senhor da terra: o escravo estava preso ao seu proprietário, já os servos eram homens livres, que podiam escolher a proteção de um senhor menos cruel.
Resposta: B
Resolução: A distinção principal decorre das especificidades do trabalho na Alta Idade Média, onde os servos deviam obrigações ao senhor da propriedade e estavam vinculados à terra, mas não podiam ser vendidos ou trocados, diferente dos escravos.