(UECE 2018) Leia atentamente o seguinte excerto: “Escrita no ambiente da Congregação Romana do Santo Oficio, a
04. (UEG 2013) A justiça feudal
Imagine que um servo se sentisse injustiçado pelo senhor feudal. A quem ele iria reclamar? Àquele que controlava as leis e julgamentos no feudo, ou seja... o próprio senhor feudal! O nobre poderia, gentilmente propor para “deixar o julgamento nas mãos de Deus”. Como seria isso? O servo deveria segurar um ferro em brasa, ou então ser amarrado a uma pedra enorme e atirado no rio: diziam que se ele fosse inocente Deus não o deixaria queimar-se ou afogar-se... Dá pra perceber que poucos servos conseguiam o que queriam.
SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica: moderna e contemporânea. São Paulo: Nova Geração, 1996. p. 9.
O texto citado descreve um aspecto do direito consuetudinário vigente na Europa medieval. Do ponto de vista sociológico, a situação descrita no texto pode ser caracterizada como um exemplo de
- fetichismo da mercadoria, já que se acreditava que o sobrenatural teria influência para resolver os conflitos entre duas classes sociais.
- alienação social, uma vez que, pelo fato de serem analfabetos, os servos desconheciam os códigos de leis que lhes garantiam os seus direitos.
- divisão social do trabalho, uma vez que a nobreza ocupava as funções de alta magistratura, impedindo os servos de alcançarem a proteção social.
- luta de classes, em que a classe dominante impõe seus interesses à classe dominada, algo efetivado cotidianamente nas práticas e costumes.
Resposta: D
Resolução: O texto descreve como os servos, que pertenciam à classe dominante, não tinham acesso a um sistema de justiça justo e eram dependentes do senhor feudal, que controlava os julgamentos. Essa dinâmica reflete a luta de classes, onde a nobreza impõe sua vontade e interesses sobre os servos, limitando suas oportunidades de justiça.