(UECE 2021) Atente para o seguinte excerto sobre A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, em novembro de
01. (UECE 2021) Atente para o seguinte excerto sobre A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, em novembro de 1904: “A lei da vacinação foi na verdade usada como pretexto pela oposição para se rebelar contra o presidente Rodrigues Alves. O motivo real da rebeldia eram disputas políticas anteriores que envolviam o Partido Republicano Federal (PRF) e o Partido Conservador (PC). [...] Somado a isso, jornais e políticos incitavam a oposição à lei, vista como despótica. Foi o caso, por exemplo, do jornal O Comércio do Brasil, de propriedade de Alfredo Varela, deputado federal pelo Partido Republicano Rio Grandense (PRR), que publicava uma coluna diária intitulada “Direito à resistência”. Para Varela a lei era inconstitucional, ilegal, e feria os princípios da liberdade e da propriedade privada. Contestava-se também a exigência do atestado de vacina em várias situações, como busca de emprego, matrícula em escolas, casamento etc.[...]”.
FGV, Atlas Histórico do Brasil - Revolta da vacina. Disponível em: https://atlas.fgv.br/verbetes/revolta-da-vacina
Sobre a Revolta da Vacina, é correto afirmar que
- foi motivada pelo interesse da coletividade: a população revoltou-se em razão da inoperância do governo em oferecer a vacina contra a varíola para toda a população.
- interesses políticos e individuais levaram a população, iletrada e mal informada, a rejeitar a lei da vacinação, que impunha a obrigatoriedade da medida profilática.
- tanto os militares revoltados quanto a população em geral não se opunham à vacinação em si, mas ao governo que a impunha, por se tratar de um presidente liberal.
- teve como grande líder Oswaldo Cruz, médico sanitarista que indicava um tratamento precoce, considerado mais eficaz do que a vacinação da população, para conter a varíola.
Resposta: B
Resolução: A alternativa B é correta, pois reflete a realidade histórica de que a oposição à lei de vacinação não era apenas uma questão de saúde pública, mas também estava imbuída de disputas políticas. A resistência à vacinação foi amplificada por interesses políticos, particularmente por parte de grupos que viam a lei como um ataque à liberdade individual e à propriedade privada.