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Urbanização

Somente na segunda metade do século XIX e todo o século XX ocorreu um intenso processo de urbanização da população mundial. Com o rápido e em muitos casos desordenado crescimento das cidades, muitos países passaram a acumular problemas ambientais como: Ilhas de calor, resíduos sólidos, ocupações irregulares, impermeabilização do solo e enchentes.

Urbanização

Somente na segunda metade do século XIX e todo o século XX ocorreu um intenso processo de urbanização da população mundial. Com o rápido e em muitos casos desordenado crescimento das cidades, muitos países passaram a acumular problemas ambientais como: Ilhas de calor, resíduos sólidos, ocupações irregulares, impermeabilização do solo e enchentes. As grandes cidades enfrentam mais esses problemas devido a densidade populacional alta, as condições de vida precária e os investimentos públicos insuficientes.

Processo de ocupação

O aumento da urbanização nas cidades brasileiras nos últimos 50 anos é resultante em grande parte do êxodo rural. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2004), o Brasil ultrapassou a marca de 80% de pessoas residindo em áreas urbanas.

Desde a década de 50, a formação das cidades brasileiras vêm construindo um cenário de contrastes, típico das grandes cidades, como no caso do Brasil. A maneira como ocorre a criação da maioria dos municípios, acabou atropelando os modelos de organização do território e gestão urbana normalmente utilizados. O resultado tem sido o surgimento de cidades sem infraestrutura e sem disponibilidade de serviços urbanos, capazes de comportar o crescimento populacional provocado pela migração para as cidades.

Sendo assim, o aumento da procura por espaços para habitação e trabalho cresceu de forma assustadora, e as classes de menor poder aquisitivo acabaram sendo empurradas para a periferia das grandes cidades .

A periferia é caracterizada por lugares com topografia e condições geográficas menos vantajosas ou com restrições ambientais para ocupação, como por exemplo, as encostas dos morros, os fundos de vales e outras áreas de risco.

Outro agravante é o capitalismo que através do mercado imobiliário, torna a ocupação um produto, uma mercadoria, e beneficia as classes economicamente privilegiadas através do acesso às áreas de melhor localização e dotadas de melhor infraestrutura.

Estes locais periféricos que concentram grandes assentamentos urbanos e problemas sócioambientais formam as favelas. De acordo com a definição do IBGE, as favelas são classificadas como aglomerados subnormais, que não seguem a sequência lógica dos endereços. Um aglomerado subnormal “é um conjunto constituído por um mínimo de 51 domicílios, ocupando ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade alheia, pública ou particular, dispostos, em geral, de forma desordenada e densa, e carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais.”