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El Niño e La Niña

El Niño

Uma componente do sistema climático da Terra é representada pela interação entre a superfície dos oceanos e a baixa atmosfera próxima a ele. Os processos de troca de energia e umidade entre eles determinam o comportamento do clima, e as alterações destes processos podem afetar o clima de forma regional e global.

O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento em nível mundial, influenciando os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

A palavra El Niño é derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a ocorrência dessas águas mais quentes de Corriente de El Niño em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus.

Por isso são consideradas além da presença das águas quentes da Corriente El Niño, as mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, com o enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região equatorial.

Com esse aquecimento do oceano e com o enfraquecimento dos ventos, começam a ser observadas mudanças da circulação da atmosfera nos níveis baixos e altos, determinando mudanças nos padrões de transporte de umidade, e em consequência variações na distribuição das chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas. Em algumas regiões do globo também são observados aumento ou queda de temperatura.

Na atualidade esses fenômenos conhecidos como El Niño e La Niña representam uma alteração do sistema oceano-atmosfera no Oceano Pacífico tropical, e trazem consequências para o tempo e o clima em todo o planeta.

La Niña

La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño, ou seja, apresenta um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Este termo La Niña (que quer dizer "a menina", em espanhol), também pode ser chamado de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). O termo mais utilizado hoje é: La Niña.

A Circulação de Grande Escala é responsável por todo o clima na Terra. É esta Circulação que transporta calor e umidade de uma região para outra, ou seja, retira a umidade de uma região como os oceanos e florestas e provoca chuvas em outras, a exemplo do Nordeste do Brasil. Com a ocorrência do fenômeno La Niña a Circulação de Grande Escala é modificada, provocando mudanças no clima em diferentes regiões do Planeta.

Em geral, os episódios La Niña também têm frequência de ocorrência em torno de 2 a 7 anos e seus episódios têm periodicidade de aproximadamente 9 a 12 meses. Alguns poucos episódios persistem por mais que 2 anos. Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4 ou 5ºC acima da média histórica em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo dessa média histórica.

No Brasil, no ano de ocorrência do fenômeno La Niña faz mais frio principalmente no Acre, Rondônia, no centro-oeste e no sudeste. Na região sul, ocorrem secas de modo geral, ao passo que no litoral do nordeste as chuvas são mais frequentes. Sob a influência do fenômeno La Niña tem ocorrido mais chuvas tempestades, furacões e invernos recordes na América do Norte, chuvas intensas na Índia e na Indonésia enquanto que No Chile e no Peru temos frio e inundações.

Fontes:

Seed-PR:

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